quinta-feira, 31 de julho de 2008

ANITA


Por todos os acontecimentos sociais
Uma presença marcante
Olha tudo e todos, vaga por entre os objetos
Ninguém mais se importa
Implicaria sim se ali não estivesse.

Quem é seu dono? Perguntam todos?
Ninguém sabe!
Rola de um lado a outro
Alimenta-se, bebe de tudo o que lhe sobrar
De quem por um pouco de carinho e atenção lhe oferecer.

Singela, tranqüila e amiga
O preto e o branco que lhe cobrem
Banho? Quem sabe, talvez quando uma alma maldosa
Jogue-lhe água fria pela janela.

De onde terá vindo? Quem são seus pais?
Filha do mundo!
Filha de Laguna!
Ser já amado por todos!

Você já faz parte de todos nós!
Anita guerreira, famosa e faceira
Leva o nome de uma heroína
Porque você também é uma

Consegue sobreviver a tantos descasos
Seres humanos egoístas, ainda bem que não todos.
Há um casamento, uma missa, um enterro, qualquer acontecimento social
Lá está você, sempre feliz, sentada e tranqüila, lá na frente

Quem sabe um dia, alguém possa lhe adotar.
Difícil , é você aceitar!
Anita, um cão fêmea sem dono
Mas que transmite paz, serenidade e amor
Como muitos humanos não conseguem!

Anitaaaa! Anitaaaa!
Vem cá, vem!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

DISTÂNCIA

Por Maria Heloísa Fernandes


Pensamentos soltos, lembrando acontecimentos
Idéias vagam se amontoam e inertes permanecem
Querendo recordar a minunciosidade de detalhes
Que certamente passaram por provas
Na essência do que de fato foi

A tortuosidade daquelas estradas
Evidenciam sentimentos nauseantes
Querendo ocultar a real do episódio
Dissimulando o que deveria vir à tona

Não querer! Não poder! Sofrer!
Uma angústia que permanece
Que melindra, que faz brotar lágrimas
Rolam pelo tempo, se desgastam
Edificam-se na consternação

O que procurar? Não há saídas!
Vidas paralelas
Pontos incomuns!
Ausências!

Um vácuo!
A dor persiste!
Triste!
Solidão!
Decepção!
Amor ou paixão?
Desilusão!
Há vida?