terça-feira, 24 de março de 2009

UM POUCO E MUITO DE MIM

Por certeza da total entrega pessoal, coloquei toda uma intenção a disposição de muitos , sem querer ter consciência de que o retorno ocorreria.
Vários atos reafirmados, no meio a tantas atividades programadas ou não, seguíamos na trajetória, de que um dia de esperança haveria por acontecer. Seríamos mais unidos, mais próximos de nós mesmos, de nossos objetivos coletivos.
Ficava dia após dia, olhando como tudo se desenrolava, como as atividades se desenvolviam, como éramos comprometidos com tudo e com todos. Como demonstrávamos aos que nos observavam, que poderíamos continuar na realização daquelas nossas árduas tarefas noturnas, mas com a certeza do comprometimento humano, e do dever cumprido.
Como na vida há dias de sol e chuva, começava por aparecer lá na linha do nosso horizonte, uma tempestade que se formava, compactada pela escuridão da podridão das indiferenças, das traições, das inimizades, das falsidades, da desunião e do desentendimento que se formava.
Olhávamos uns para os outros, procurando entre nós, de onde viria aquela culpa. De onde sairia tamanha façanha, que naquele momento nos tornavam todos cúmplices daquele desajuste.
Como entender tamanha aflição, este sentimento de fragilidade, de sensação de perda, de solidão?
Não! Isso não poderia estar acontecendo conosco.
Anos de convivência coletiva, num aprendizado constante e desenfreado, que de certa forma colaborou no engrandecimento de nosso ser.
A trajetória traçada com objetivos bem concretos e definidos, onde se mostrou um modelo de coletividade, de crescimento em grupo, de união, através do símbolo representado por um girassol, onde seu grande centro se forma em direção de suas pétalas gigantes e unidas entre si, para que em grupo possam girar no sentido da estrela maior, como demonstração concreta de um belo trabalho coletivo.
Como se não bastasse todo esse comprometimento, parece que algo precisaria ser provado, e então cai sobre nós a tempestade árdua, negra, empossada por relâmpagos e trovões, acompanhados pelo refrescamento de um intenso ciclone, que em poucos minutos destrói o que havia sido edificado.
Somente cacos, entulhos, desordens, desarmonia e ainda talvez a promessa de um castigo que está por vir, certamente sem merecimento prévio. Simplesmente porque a vontade de mudar para o pior se engrandeceu entre o grupo.
Momento de reflexão, de tristeza de ressentimentos, de olhares que se cruzam e talvez nunca mais se encontrem. A efetivação de uma grande perda, só sustentou um pensamento prévio de que o sentimento de amizade, de igualdade e de comprometimento coletivo, alicerçado sobre o carinho e o amor entre todos, não é assim tão importante.
A tempestade se vai, após dela talvez a bonança, mas como acreditar?
Caímos no descrédito coletivo, de que a harmonia e o amor, não são fundamentais.
- Jamais!
- Quem sobreviver verá!

2 comentários:

SY disse...

Esta é minha amiga muito querida , que escreve com alma e divinamente..TENHO ORGULHO DE SER SUA AMIGA , continue a escrever , vc tem muito pra dar..bjs

camille aguiar disse...

muito bom!!!
beijos